segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Fora de Orbita

Tarde chuvosa, tempo gelado. Meu coração novamente cega-me em relação aos meus sonhos. Pulsa por todo o meu corpo uma realidade  de estar aqui, de viver aqui, de ser o aqui e o agora, de mover-me a um lugar que sei que outros já chegaram. A vontade, a necessidade que existe dentro de mim é de conhecer todos cantos, contos, canções e caminhos como se ninguém jamais os tivesse enxergado-os, ouvido-os, cantada-as ou caminhado-os. Pixar a rosa dos ventos e pixa-la com os meus próprios pés fingindo que não sei que por cada canto que passe e invente contos que inspirarão canções com verdade retorcida, o fim sempre é o mesmo, e olha eu coltando ao ponto inicial que finda-se ao circular em rota de colisão.
Pego uma faca, furo essa bola, é mundo que a chamam não é, deixo a plana e planejo meu mais novo horizonte ocular . De condução os pés. Creio que todas essas invenções nos fazem perder o belo de uma verdadeira viagem, por exemplo, cansar-se beira a rodovia dos sonhos e deitar-se beira a mesma observando os focos de luzes no céu. Queria eu caminhar lá, tantas vezes cheiguei perto com os olhos fechados; queria me minhas asas mostrassem a mim a rodoviária estelar ou apenas a paradano anel de saturno com galáxias a venda em colares pra poder voltar na orbita terrestre e dizer a minha amiga realidade:
"Baby, os caminhos que os sonhos me ensinaram, levaram-me a um lugar do tamanho do universo."

Caique Maciel Arruda

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